sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vantagens e desvantagens do papel reciclado

O papel reciclado, embora não derrube florestas, gera impactos onerosos. O branqueamento do material, por exemplo, consome produtos químicos muito tóxicos. Um dos componentes desse processo, o ftalato, aditivo usado para dar plasticidade à tinta, se não for corretamente tratado, é altamente poluente. Os  empresários de indústrias estão temerosos se a produção - cujo consumo cresce a taxas de 20% ao ano - está ajudando a reduzir impactos ambientais ou se é apenas uma ferramenta para atrair consumidores. 

De acordo com ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel), a vida útil do papel dura de  quatro a sete reciclagens. E, a cada nova reciclagem, o papel perde qualidade e ganha novas funções. No seu primeiro estágio (papel virgem), ele pode, por exemplo, ser sulfite. Depois, reciclado, pode até voltar a sê-lo mas, para isso, precisa receber certa quantidade de papel virgem. Na reciclagem seguinte, pode se tornar  embalagem de mercadorias. Em outra reciclagem, já se torna caixa de papelão. E, no último estágio, vira “miolo” de caixa de papelão. 

Para Antonio Gimenez, gerente de Negócios de Impressão da International Paper, é um mito dizer que o papel reciclado salva árvores.”Não há evidências que comprovem, com segurança, que o papel reciclado traga menos impactos para o meio ambiente do que o papel branco”, afirma. Um estudo realizado pela Esalq-USP mostra que a produção de papel 100% reciclado para imprimir e escrever pode gerar um volume de efluentes até seis vezes maior que o papel branco.

Matéria de Carlos Camargo


Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos.

A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos. 

Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e  monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.

O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.   



Matéria por Jéssica Batista


Água da chuva não custa nada

A capital de São Paulo é conhecida por sua garoa alternada com tempestades devastadoras, causando um verdadeiro caos na vida do cidadão paulistano. É tanta água que o sistema pluvial da cidade não suporta e  transborda; causando enchentes. 

O primeiro mês de 2010 começou com um recorde de chuva na cidade. Dados coletados pelo Centro de Gerenciamento de Emergências indicaram que em Janeiro choveu 628,9mm. O índice mais alto havia sido registrado em 1947, com 481,4 mm. Vale lembrar que 1 milímetro de água equivale a 1 litro de água por metro quadrado. A cidade de São Paulo tem 1.522,99 km2, que significa que em 1 mês caiu sobre nossas cabeças o equivalente a 524 milhões de litros de água.

Uma solução para problema de desperdício de água e as enchentes constantes pode ser a captação da água de chuva e sua utilização para fins não potáveis. “A água pode ser captada pelo telhado e pelas calhas. A primeira parte coletada é descartada, pois apresenta um grau de contaminação bastante elevado. Depois de filtrada, a água é armazenada e pode ser utilizada para consumo não potável, como em bacias sanitárias, torneira de jardins e outros tipos de higienização” enfatiza o engenheiro Plínio Tomaz. 

Plínio Tomaz, engenheiro hídrico

A implantação de um sistema para o resgate de água da chuva é relativamente barato, podendo variar de 2 a 10 mil reais, dependendo da capacidade de armazenamento. A economia gerada compensa, tanto para as empresas como para o planeta, afinal, a água da chuva não custa nada!